quinta-feira, 17 de março de 2011

Meu Bairro na TV de volta à Vila União

 Praça que precisava de manutenção continua com problemas

Na primeira visita do CETV ao bairro Vila União, em 2009, vimos que a praça Jorge Vieira precisava de manutenção. Na volta, em 2010, o estado de conservação ainda não era dos melhores: a praça estava com bancos quebrados, objetos pichados. Em alguns pontos, falta o piso e na quadra de esportes constatamos que o alambrado destruído, e as traves escoradas, um perigo para as crianças.
Em março de 2010, o CETV esteve na mesma praça, falando do mesmo problema. Na época, a Regional IV não enviou representante para dar entrevista, mas a assessoria de imprensa informou que a reforma desta praça, e de outras 11 da Regional 4, estava em processo de licitação.
Outra queixa dos moradores da Vila União é em relação a uma passagem de nível, na rua Almirante Rufino. No local, não existe sinalização avisando que algum trem pode passar a qualquer momento.
Para responder aos moradores do Vila União que querem a reforma da praça, o CETV convidou um representante da secretaria Regional IV, Eraguito Passos. Veja entrevista.:


 Do site: tvverdesmares.com.b

domingo, 20 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Comunidade e Associações do Vila União, Uni-vos

Silvano Melo Colaborador
Silvano Melo
    Quando alguem se refere à união, significa dizer que esse ato deve ser feito como muito vigor, independente de raça, cor, credo e de partido político quais assistem as comunidade e associação de bairros. Como todos já sabem, a união faz a força e também a diferença em qualquer que seja o segmento da sociedade.
    . Como toda luta de classe é uma luta política, nós das comunidades e associações temos que nos manter firmes diante dessa luta. Não deixemos que os conflitos, regras e imposições impostas por alguns governantes ávidos nos abatam. Esess são alguns dos motivos principais para que reivindiquemos os nossos direitos, nos unindo e usando os meios de comunicações de massas para nos darem assistência em nosso trabalho.
    . Porém essa união que é facilitada pelo crescimento dos meios de comunicação criados pelas grandes indústrias e que permitem o contato com os governantes dos órgãos públicos nas três esferas é que mais uma vez nos possibilita e nos mostra o quanto é importante ir a lutar.
     . Sabemos que vivemos em um regime que privilegia o econômico, que favorece o capital e isso reflete em qualquer esfera da vida. É sabido também que é impossível ter uma sociedade integra na miséria. Nossa população não deve ser tratada de forma discriminatória e violenta. É preciso que tenhamos uma justiça bem próxima de nós. Não deixemos que o conflito emocional, como um todo, seja ou se transforme num resultado de ignorância quando o fardo que estamos tentando segurar seja a própria vida.
       . Não temos culpa de vivermos assim, nem devemos culpar o sistema como um todo por alguns de nossos desatinos. Portanto com toda essa descrição contida nesse editorial, não quero dizer que somos desunidos. De forma alguma! Espera-se que os lideres comunitários e as associações entendam e compreendam e que não se sintam inferiorizadas. O que se quer dizer é que devemos e temos que triunfar diante das intempéries da vida, unindo-nos cada vez mais.


Pergunta para o Leitor

Marcos Batista
Pergunta feita  por Marcos Batista
Você ache que mesmo o motorista que cumpre a regras de trânsito deve pagar taxas? (como IPVA, emplacamento)

sim

não






terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Momento de cidadania



Rayana de Souza Mangueira
Estudante de Direito
Universidade de Fortaleza
Email: nana_mangueira @hotmail.com




Rayanna Mangueira
A Cidadania é uma palavra bastante utilizada em nosso cotidiano; de vez em quando nos vemos falando sobre nossos direitos, mas afinal, o que quer dizer cidadania, qual seu conceito? Como exercê-la?
Bem, o seu conceito e bem simples, fácil de entender, cidadania é o exercício da conquista de direitos e do cumprimento dos deveres. É um campo social e político em permanente construção, onde as pessoas participam como integrantes de uma coletividade.
O direito de votar diretamente, o voto feminino, o fato de sermos cidadãos de uma sociedade que está em constante mutação, requer que tenhamos conhecimento sobre algumas leis para que possamos exigir sua plena eficácia.
Cabe ao poder legislativo elaborar e votar leis para a melhoria da vida em sociedade, ao poder executivo de colocá-las em prática e do judiciário de fiscalizar seu cumprimento.
Agora que já sabemos o conceito de cidadania, vamos conhecer algumas leis que já estão em vigor.
Vamos priorizar as leis municipais, pois estas são legisladas pelos vereadores de nossa cidade, Fortaleza, e são menos conhecidas por nossa sociedade.
O vereador é o parlamentar que está mais próximo dos cidadãos, pois avaliam as necessidades de caráter local, tais como, saneamento básico, educação, moradia, transporte coletivo, uso do solo, coleta de lixo, iluminação pública, sistema viário, combate à poluição, proteção ambiental, serviço funerário e cemitérios, entre outras, e as denúncias quanto à prestação dos serviços públicos. Também busca, pelos instrumentos competentes, a solução para os problemas e carências existentes no município, inclusive a denominação da Câmara Municipal de Fortaleza é: Palácio da Cidadania.
Por isso é de suma importância que façamos valer tudo que se legisla lá ou em qualquer outro âmbito legislativo, pois assim estamos exercendo nosso papel de cidadãos

Então vamos conhecer uma lei Municipal

Nesta edição do Jornal Une vila,vamos conhecer um trecho da Lei Orgânica do Município de Fortaleza que fala sobre Projeto de Lei de Iniciativa Popular.

Mas o que é Lei Orgânica? E iniciativa popular?

Bem, a Lei Orgânica é a legislação municipal de qualquer cidade, no nosso caso, Fortaleza, nela dispõe se sobre assuntos do interesse local, como saúde, transporte público, educação, moradia, leis ambientais, entre outros.
A nossa Lei Orgânica foi revisada em 2005, onde foram alterados vários artigos, pois sempre há necessidade de atualização nas leis.

O projeto de lei de iniciativa popular é uma forma de a sociedade solicitar na Câmara Municipal a votação de um assunto de interesse público lícito e preciso.

Agora que explicamos os termos, vamos ao artigo 51 da Lei Orgânica do município para conhecer o texto da lei.

Art. 51. A Lei Orgânica poderá ser emendada mediante proposta:
I - de um terço dos Vereadores;
II - do Prefeito Municipal;
III - popular subscrita por, no mínimo, cinco por cento do eleitorado do Município.
SUBSEÇAO III
DA INICIATIVA POPULAR

Art. 54. A iniciativa popular de projeto de lei será exercida mediante subscrição de, no mínimo, cinco por cento do eleitorado do Município, da cidade, ou do bairro, conforme o interesse ou a abrangência da proposta.
Art. 55. OS projetos de lei apresentados através da iniciativa popular serão inscritos prioritariamente na ordem do dia da Câmara.
§ 1° Os projetos de lei serão discutidos e votados no prazo máximo de sessenta dias, garantida a defesa em Plenário por representantes dos interessados.
§ 2º Decorrido o prazo do parágrafo anterior, o projeto irá automaticamente para a votação, independente de parecer.
§ 3º Não tendo sido votado até o encerramento da sessão legislativa, o projeto estará inscrito para a votação na sessão seguinte da mesma legislatura, ou na primeira sessão da legislatura subseqüente.
Art. 56. A execução de lei promulgada, ou de quaisquer obras de iniciativa pública ou particular considerada contrária aos interesses da população, poderá ser suspensa, através do veto popular, por cinco por cento do eleitorado do Município, do distrito, do bairro ou da área diretamente atingida, conforme abrangência da lei.
Parágrafo único. A lei ou obra, objetos de veto popular, deverão, automaticamente, ser submetidas ao referendo popular.

Agora que conhecemos uma das diversas formas de fazer valer nossa cidadania, vamos por em prática, como cidadãos que somos.



Bibliografia:
Lei Orgânica do Município de Fortaleza, 2ªEdição revisada 2006
Crônicas da cidadania. Mangueira, Rayana de Souza, Universidade de Fortaleza, 2005.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Homofobia e Estado Democrático




Por Inácio Sousa
Estudante de Jornalismo



Inácio



O Brasil viu acontecer neste último ano de 2010 através dos diversos meios de comunicação aumentar os casos de violência a homossexuais em todo o país. O que está acontecendo? Por que tanta violência? Ocorrem no Brasil, as manifestações públicas a favor da diversidade sexual mais numerosas do mundo. Vimos ocorrer em São Paulo, onde é realizada a maior Parada Pela Diversidade Sexual do Mundo com cerca de 3 milhões de pessoas, os piores  crimes contra homossexuais.Jovens gays são os mais atingidos com toda essa violência gratuita em que até uma lâmpada florescente, que simboliza luz, é usada  para agredir pessoas simplesmente por amarem um ser igual a eles.No Estado do Ceará não é diferente.
 O Primeiro é: onde está a tão falada e almejada democracia? Sabe-se que a palavra democracia vem do grego e significa demos:povo e cracia: poder, ou seja, poder do povo. Segundo a  biologia, um povo é dividido em diversos segmentos, entre eles não podemos deixar de citar o segmento LGBTT.É claro que isso é mais uma invenção do sistema capitalista para compensar as suas mazelas, entretanto é necessário para a sua manutenção.Retornando ao artigo do jornalista, podemos dizer que não fazer políticas públicas que contemple o segmento é um crime aos direitos universias do homem que diz que todos somos iguais perante a lei. Essas pessoas não são seres humanos dotados de inteligência, amor e afeto, além do mais não pagam seus imposos como todo cidadão comum? Então por que negá-las o direito, perante a lei, de vivenciarem plenamente esse amor e esse afeto por uma pessoa do mesmo sexo? Sinceramente não entendo em que ponto a União Civil entre pessoas do mesmo sexo possa ferir os heterossexuais e religiosos.O grande problema é que o Estado brasileiro só associa Democracia a um viés puramente eleitoral;50% mais um e esquece de todo o resto que é a minoria e como toda minoria tem que ser esmagada pela maioria.Esse sim é um conceito distorcido de democracia.E se a Argentina negasse a União Civil entre pessoas do mesmo sexo, elas continuariam a ser excluídas pelo Estado? Sim, digo isso pois não é fácil contruir políticas públicas para o segmento gay.O Estado brasileiro precisa sair da área da abstração para a concretização de fato e de direito dessas políticas públicas. Desde o início do governo Lula em 2003, o Brasil vem se esforçando para construir políticas públicas que contemple o segmento LGBTT, como por exemplo o Programa Brasil sem Homofobia de 2005, a I Conferência Nacional LGBTT em 2008 na qual o presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva esteve presente, algo inédito no mundo, e mais recentemente foi criado o Programa Nacional de Direitos Humanos. Tudo isso é muito importante, entretanto ainda insignificante diante das estatísticas da violência que coloca o nosso país no rankig dos piores crimes homofóbicos do mundo. Enquanto isso o projeto de lei que trata da União Civil para pessoas do mesmo sexo e o PL 122 que torna a Homofobia (aversão, nojo, ódio, agressão física ou verbal a homossexuais) crime, sequer saiu da Comissão de Legislação e Justiça do senado, continuam se arrastando no Congresso em decorrência da intolerância de parlamentares fundamentalistas religiosos que acreditam viver ainda na idade média.

 Em média, por mês, um LGBTT (Lésbica, Gay, Bissexual, Travesti, Transexual) é assassinado em decorrência da intolerância à diversidade sexual. O que está havendo no seio da nossa sociedade para reagir assim de maneira tão truculenta as homossexualidades?  A livre orientação sexual, e não opção sexual como muitos o queiram, isso porque opção remete à escolha o que implica responsabilidades, deve ser exercida com pleno direito em uma nação que se auto-intitula democrática. Mas que democracia é essa em que gays e lésbicas são excluídas do mercado de trabalho, do convívio de familiares e amigos unicamente por amar diferente? E o que dizer das nossas travestis que tem se evadido da escola por culpa da discriminação sofrida pelos professores e colegas de classe? Certa vez li em um artigo de um famoso jornalista cearense em que ele se dizia contrário a aprovação da união civil entre pessoas do mesmo sexo pelo parlamento argentino já que esse mesmo país havia feito um plebiscito em que a maioria dos argentinos se diziam contra a lei. Vejamos então o porquê refutar tais argumentos.
          O preconceito é tão latente que faz com que os próprios homossexuais se discriminem, como é o caso de gays masculinizados e incumbados agredirem os gays efemiados que declaram abertamente a sua orientação sexual.Basta! Queremos um Estado e uma sociedade comprometidos com o verdadeiro sentido de liberdade e cidadania.Que cumpram com o seu papel de promover a paz, a vida e todas as formas de amar.Uma nação sem violência é um direito de todas e todos.



         

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Entrevista com Pe Marcos Mendes de Oliveira

Entrevista com Pe Marcos Mendes de Oliveira
. Logo quando cheguei à praça onde fica localizada a Paróquia Jesus, Maria e José vi o Pe Marcos Mendes de Oliveira cuidando da grama recém inaugurada depois de uma reforma feita na praça pela paróquia. O Pe recolhia latinhas de cerveja, papeis e qualquer tipo de sujeira que apareceria a sua frente.
Carlos Emanuel
. Somente no dia seguinte iniciamos a conversa entre várias paralisações para que o Pe Marcos fosse atender as várias pessoas que esperavam seu auxilio, seja pedindo lanche: o caso de um grupo de crianças que todas as tardes iam lanchar lá, ou mesmo fazer orações espirituais de libertação, foi quando um rapaz esteve por lá e estava cheio de problemas e foi acolhido pelo Pároco do Vila União.
. Da mesma maneira o Jornal Une Vila foi recebido por um Padre que dedica o cuidado a Paróquia e a praça da mesma maneira que dedica seu olhar para as pessoas e o diálogo com as diversas correntes de grupos de fé que estão dentro e ao redor do trabalho religioso.
. Tarefa não menor o Pe Marcos dedica a dar aulas para jovens seminaristas e futuros Padres da igreja católica. O grande exemplo que ele se espelha com os grandes nomes da Igreja do passado e que foram para ele pedras fundamentais para o seu apostolado. Acompanhe a entrevista concedida em dezembro de 2010 ao Jornal Une Vila pelo Padre Marcos:

Carlos Emanuel Bezerra Alves: Fale-me um pouco sobre sua trajetória antes de vim trabalhar no Bairro do Vila União
Padre Marcos Mendes de Oliveira: Eu sou natural de Parnaiba-Pi, mas vim muito novo para Fortaleza, quando tinha apenas seis anos de idade com a mudança da minha família para cá. Nesse período me envolvi com a igreja e entrei no seminário com 19 anos de idade, passando 11 anos para ser ordenando pela Arquidiocese de Fortaleza, onde fui muito acompanhado durante esse período pelo Arcebispo da época Dom Aloísio Lorscheider, sendo ordenado Padre em 1992 quando se fazia a memória 500 anos dos Europeus na América, um período de muito debate sobre a colonização Européia na America Latina. Num primeiro momento após a ordenação passei 4 meses no Antonio Bezerra, depois passei 8 anos no Maracanau, onde fiz diversos trabalhos por lá numa perspectiva social. Depois fui transferido para o bairro Seis Bocas, trabalhando no Edson Queiroz. Depois entre 2001 e 2005 estive fora, fui estudar em Roma, onde fiz meu mestrado e doutorado na linha da Moral Social, uma linha de Igreja que é ligada a questões éticas e políticas.
Carlos Emanuel Bezerra Alves: Quando foi que retornou ao Brasil? E que período iniciou seus trabalhos no Bairro do Vila União?
Padre Marcos Mendes de Oliveira: Retornei em 2005 e em 08 de fevereiro de 2006 estava sendo apresentado aqui.
Carlos Emanuel Bezerra Alves: Soube que além do seu trabalho como Pároco, você realiza outro importante trabalho a de formação de seminaristas, fale um pouco sobre isso
Padre Marcos Mendes de Oliveira: Sou professor de Teologia e Filosofia para os seminaristas, na parte de filosofia política, ética contemporânea e também na teologia a parte relacionada com ética, como bioética relacionada à vida desde a sua concepção até a morte. Trabalho também a perspectiva dos ensinos sociais da igreja no que diz respeito o pensamento da igreja sobre liberalismo, socialismo, sobre a questão da justiça do bem comum, as questões ecológicas que emergem bastante em muitos setores e que a igreja busca dá sua contribuição nessa discussão.
Carlos Emanuel Bezerra Alves: Quando você chegou a Paróquia Jesus, Maria e José, como foi a aceitação da comunidade ao seu trabalho? Você acha que foi bem recebido?
Padre Marcos Mendes de Oliveira: Dizer sobre a aceitação ninguém pode afirmar nada, pois não sabemos sobre os bastidores o que as pessoas falam. Num primeiro momento agradeci muito a comunidade, pois sei como é difícil para eles ter um Padre que é professor, que ao mesmo tempo em que está na Pastoral, está também ensinando e meu tempo maior é no ensino. Durante manhã e tarde dou aulas e somente à noite e fins de semana que me dedico a Paróquia. Num primeiro momento por isso, achei a comunidade muito paciente, pois através do entendimento dela é que posso realizar as duas atividades.
Carlos Emanuel Bezerra Alves: Você me falou do seu trabalho com a questão social, queria saber como você trabalha essa questão aqui no Bairro do Vila União?
Padre Marcos Mendes de Oliveira: Quando falo de perspectiva social falo disso enquanto seres humanos que está inserido na sociedade e que não é uma ilha isolada. A Igreja se entende como uma instituição importante que têm a missão de levar a fé em Jesus Cristo, seu projeto a sociedade e que diz respeito às muitas realidades de vida do ser humano. Aqui como em todos os lugares têm as coisas boas e ruins, posso falar que as boas é que têm grupos pequenos interessados na participação política, na conscientização, na mobilização, na evangelização. Sei que ainda existe uma grande massa alheia aos problemas, as realidades. Por isso eu entendo que a política não é só aquela política partidária, essa é apenas um setor da política. Às vezes as pessoas pensam que a política é só o Prefeito, o vereador. Acho que não, vejo que tudo aquilo que fazemos para o bem estar da saúde, da urbanização, do meio ambiente, da educação, não necessariamente têm que ser do partido para fazer algo pelo bem comum. Aqui no bairro eu sinto a falta de organismos sociais no bairro, vejo que onde existe mais organismos como Ong´s, associações, têm se mais poder de reivindicações. Com todo respeito à política, eu sinto falta de lideranças políticas preocupadas com o bairro, eu admiro um, ou outra pessoa que não é necessariamente político.
Carlos Emanuel Bezerra Alves: Quando cheguei para lhe entrevistar vi você pessoalmente cuidando da praça. Você falou de Ecologia, como é esse trabalho na Praça do Vila União?
Padre Marcos Mendes de Oliveira: A partir da teologia a gente é muito provocado a ação, eu mesmo trabalho a teologia ligada a ecologia, onde temos nossas provocações teóricas. E no primeiro e segundo ano quando cheguei aqui, nós nas reuniões do Conselho Pastoral avaliando as atividades da Igreja tivemos o desejo de ter uma atenção especial a Lagoa do Opaia, onde investimos e já realizamos quatro atividades em quatro anos na Lagoa para promover uma consciência ecológica de limpeza e de responsabilidade e depois refletindo pensamos: estamos preocupados com a Lagoa e a praça deteriorada de frente para nós, no caso a Igreja e não fazemos nada. Faz uns três anos que estou tentando aqui no bairro dá um rosto novo a Praça para que possa oferecer no Natal e no Ano novo algo mais bonito para a comunidade. Víamos uma praça totalmente seca, sem brilho. Um problema que sabemos que não é apenas do Vila União, em toda a cidade vemos praças descuidadas e um olhar maior para praças em áreas nobres, por isso sinto muita desigualdade em toda a cidade, umas praças muito prestigiadas e outras abandonadas. Durante esses três anos estamos tentando sem lograr êxito, até foi procurado órgãos públicos, onde só existia promessa, uma atrás da outras, ai pensou-se basta vamos fazer nossa intervenção na praça da nossa condição, depois vieram os políticos dizer que tinha cento e vinte mil reais, ai falei que eles poderiam investir o dinheiro e o resto a Paróquia com ajuda da comunidade completava, até agora esse dinheiro não apareceu. O que aconteceu então foi que nós da Igreja fizemos um debate sobre a questão da praça, falamos da importância de mudar a mentalidade, da cultura dos próprios freqüentadores da praça para fazer mais atividades artística, culturais, esportivas, nós tínhamos que mudar o que era oferecido.
Carlos Emanuel Bezerra Alves: Então o que foi preciso fazer para se mudar essa visão da praça como algo negativo, para uma visão positiva e integrada da praça com a vida das pessoas da comunidade?
Padre Marcos Mendes de Oliveira: Foi feito uma reforma no jardim a partir do dinheiro de contribuições oriundas dos dizimistas do próprio bairro. É importante saber que se fosse feito pela Prefeitura era um dinheiro do povo, mas as pessoas acham que quando é do órgão público têm que depenar. Como o material foi feito por eles, começaram a valorizar e preservar a praça, mas nem todos pensam iguais ainda têm alguns moradores que não se preocupam e tentam danificar o que foi feito, querendo quebrar, roubar, sujar, etc. O problema maior não é limpar a praça, porem sujar. Nós brasileiros temos uma mentalidade escravagista, sempre deixamos as coisas sujas como se tivesse um escravo ali para limpar. Às vezes as pessoas criticam a Prefeitura, mas o problema não é só os poderes públicos, às vezes o problema passa pelo próprio povo. Muitas vezes têm pessoas ajeitando os canteiros da praça e logo depois vêm outros e quebram. Falta em geral uma participação responsável de toda a comunidade. Quando demos cara nova à praça pela criação dos jardins, as pessoas queriam que houvesse um funcionário fixo fazendo o trabalho de preservação da praça, mas o ideal é que todos da comunidade participem e elas mesmas cuidem e zelem. Outro tempo a Prefeitura tinha colocado um funcionário, quando ele não veio mais a preservação ficou perdida.
Carlos Emanuel Bezerra Alves: Fale um pouco sobre as atividades da Paróquia em diversos setores como os idosos, jovens, etc.
Padre Marcos Mendes de Oliveira: Nós temos a pastoral do idoso, que é uma pastoral fantástica e que já têm 37 anos e que é sustentada muito na base da amizade de seus integrantes, têm até pessoas que saíram do bairro, mas continua ligada a pastoral daqui. E em relação ao jovem temos diversos grupos ligados, de oração, de pastoral de crisma, temos grupos ligados diretamente à recuperação de pessoas viciadas com drogas e com álcool tem também o grupo amo anjo pai que é toda voltada à evangelização da juventude na Santa Luzia, temos o Vinde a Mim que têm muita juventude participando. Nós temos muitos jovens dentro da Igreja graças a Deus.
Carlos Emanuel Bezerra Alves: quais são as principais festividades realizadas durante o ano?

Padre Marcos Mendes de Oliveira: A grande festa da Igreja é Páscoa, nós temos a via sacra pelas ruas na sexta-feira da paixão. Nesse ano de 2011, no período do carnaval vamos fazer a Festa da Luz, onde vamos oferecer um retiro aqui na Igreja para as pessoas que querem rezar, ter um momento diferente, possa se aproximar mais da oração da espiritualidade, conversar com nosso senhor, esse evento já era feito em anos anteriores. Outras festas que temos grande por aqui é a festa dos padroeiros, temos a festa de Jesus, Maria e José que fazemos no período de agosto dentro do mês vocacional onde rezamos pelas famílias. Temos também um encontro em forma de retiro da eucaristia que fizemos ano passado no ginásio as irmãs Salesianas.
Carlos Emanuel Bezerra Alves: O que têm sido feito em relação às jovens que precocemente se tornam mães no Bairro do Vila União?
Padre Marcos Mendes de Oliveira: Na verdade a gente faz muito pouco. Nós temos uma posição, uma reflexão sobre isso, mas uma coisa é refletir e outra é encaminhar ações concretas. Mas podemos ver que os estudos que têm sobre gravidez precoce, diz que muitas são afastadas do mercado de trabalho. Primeiro precisaria de uma educação sexual mais aprofundada, não acho que se resolve esse problema com distribuição de camisinhas; a educação sexual deve ir à linha de que a pessoa que quer construir um projeto de vida com outra pessoa e ai uma história, não simplesmente ficar na brincadeira oferecendo sua parte mais intima e depois não ter a condição de assumir essa responsabilidade. Acho que a educação pra vida a dois é uma coisa muito mais profunda do que simplesmente distribuir camisinhas acho uma política muito rasteira como o ministério de saúde tenta fazer.
Carlos Emanuel Bezerra Alves: Para evitar gravidez indesejada então vocês tentam outras maneiras. Quais são elas, além claro da educação sexual nos moldes cristãos? E o que mais aflige a juventude e o que é feito para orientá-los?
Padre Marcos Mendes de Oliveira: Nós temos um médico que nos acompanha que é ligada a Igreja e que orienta os jovens na vida e nos riscos que podem ter quando não se cuidam e não respeitam algo precioso. Sabemos que isso é muito pouco, pois as solicitações, as drogas, não são sós a questão da sexualidade. Particularmente em questão a isso a Igreja em Fortaleza têm quatro grandes opções de trabalho pastoral: formação, missão, família e juventude, nós aqui no Vila União estamos trabalhando três anos em relação a esse ponto. Além da sexualidade o grande problema são as drogas, estamos muito preocupados com o avanço das drogas dentro do espaço. Nós oferecemos nesse ano em janeiro o Projeto Nova Geração que abordava, sexualidade, esporte e a questão cultural. Nós já estivemos debatendo aqui sobre a possibilidade de termos um espaço para mães precoces, pois em outros lugares de Fortaleza já existem lugares onde se acompanham exclusivamente as mães precoces. Para termos esse projeto com as mães precoces aqui devemos esperar a manifestação da comunidade e também aquelas pessoas que podem se disponibilizar a trabalhar com isso.
Carlos Emanuel Bezerra Alves: Quais as outras dificuldades que você observa aqui na comunidade do Vila União?
Padre Marcos Mendes de Oliveira: Nós temos também aqui muitas crianças com fome, também tentamos aqui articular a Pastoral da Criança, pois eu conheço o trabalho, pois aonde ela chega altera os índices de mortalidade infantil. Aqui no bairro ainda não pegou essa idéia, que depende muito da resposta das pessoas que queiram ser voluntárias para isso. Aqui somos uma Paróquia relativamente pequena as pessoas que aqui são poucas, mas têm muito trabalho e ficam sobrecarregadas, porém isso não impediria que abríssemos novas fronteiras, por isso acredito que estamos muita aquém daquilo que poderia ser feito.
Carlos Emanuel Bezerra Alves: Como é que a Igreja chega à comunidade na divulgação, como a comunidade fica sabendo dos eventos da Paróquia? As pessoas vão a Igreja? Ou a Igreja que vai até as pessoas?
Padre Marcos Mendes de Oliveira: Nós vamos a Igreja, um exemplo a festa do Padroeiro nós saímos aqui da Paróquia e vamos até o campo da Lagoa do Opaia. Nós temos experiência de fazer celebrações nas ruas, nós tentamos ira ao encontro das pessoas, fazemos visitas às casas. Nas missas campais fazemos na perspectiva de ter mais contato com a população. Antes tínhamos um pequeno jornal, mas não foi para frente. Nós divulgamos nossas atividades, através de carros de som e também pela Fm Dom Bosco, por isso quando queremos divulgar alguma atividade procuramos as rádios católicas de Fortaleza.
Carlos Emanuel Bezerra Alves: Uma coisa que estamos vivendo hoje é a revolução tecnológica, com as mídias digitais, hoje têm o twiter, comunidades de relacionamento, sites, Como você vê a atuação da Igreja dentro desses meios de comunicações novos?
Padre Marcos Mendes de Oliveira: Eu acho que a Igreja tenta ocupar esses espaços, inclusive sobre orientação do Vaticano, tem o site do Papa e o próprio Vaticano bate muito nessa tecla de que se deve se usar novos métodos de evangelização. Nesse ponto aqui no Vila União somos ainda fracos, um ou outro grupo têm seu site separado, não temos um site específico da Paróquia , isso também porque exige manutenção e meu tempo é muito limitado pra fazer Pastoral e pra fazer estudo. Aqui na Pastoral fazemos muitas atividades renovadoras, temos muito a comunicar e temos muita a partilhar para a mídia. Falta articulação, já me procuraram pessoas dizendo que queriam fazer um site e eu sou da visão de quem tem a idéia faz e as pessoas começam algo e não colocam para frente. Sei que existem momentos como semana santa e outros momentos fortes dentro da Igreja e que pessoas doentes não podem comparecer, se tivesse isso transmitido via internet as pessoas mesmo doentes poderiam participar.
Carlos Emanuel Bezerra Alves: Quando cheguei hoje na Igreja vi diversas pessoas adorando o Santíssimo, Quando e como as pessoas podem estar presentes na Igreja em adoração?

Padre Marcos Mendes de Oliveira: Quando eu cheguei aqui, resolvi fazer um espaço de oração que a Capela do Santíssimo, pois aqui a praça era muito barulhenta não dava para rezar e nós temos a felicidade de ter um sacrário que foi feito por um artista da terra Descartes Gadelha artista internacional que têm um Museu de Canudos que ele presenteou, foi o trabalho feito em 20 anos, ele nos presenteou com o projeto das portas e do sacrário que é em forma de carnaúbas estilizadas. Depois de dois anos nós fizemos o Encontro Eucarístico em homenagem aos dois anos da capela, depois desse encontro resolvemos expor o Santíssimo em adoração de segunda a sábado do amanhecer até o anoitecer, quem quiser ter um conversa com Deus as portas estão abertas.










sábado, 8 de janeiro de 2011

Breve História do Vila União

Universidade Estadual do Ceará
Faculdade de Veterinária
Disciplina de Sociologia e Extensão Rural



Professora Déa de Lima Vidal


Bairro Vila União


Eveliny de Oliveira Eleutério
Juan Nádson Marques Melo



Fortaleza, novembro de 2010


HISTÓRICO DO BAIRRO


Vila União é um bairro que possui suas particularidades e uma dinâmica própria. Apresenta reflexos das conquistas de décadas passadas.
Para a construção histórica do bairro quase não se tem arquivos oficiais, assim as informações colhidas foram obtidas a partir de escritos registrados, visita ao bairro e com auxílio da internet.
Fundado pela Prefeitura de Fortaleza em 23 de agosto de 1940. Antes de ser chamado Vila União, o bairro restringia-se a latifúndios, propriedade da Sra. Maria da Conceição Jacinto, que em 1938 vendeu-as para o Dr. Manuel Sátiro, que logo loteou as terras. Vindo ele da cidade de União, hoje chamada Jaguaruana, nomeou o loteamento de Vila União, daí a origem do nome do bairro.
Com a venda dos lotes, vieram as primeiras famílias: a família do Sr. Frutuoso, a família de um senhor conhecido como Pacoti, a família do Sr. Antônio Cambista, a família Gadelha, etc.
A primeira escola do bairro era integralmente financiada pela maçonaria, pois o corretor responsável pela venda dos lotes era maçom. A escola funcionava na residência do Sr. José Ramos Gadelha e sua filha foi a primeira professora do bairro. O Parrerão, bairro vizinho e totalmente separado do Vila União, já possuía sua escola. Hoje os dois bairros estão interligados e o Vila União o absorveu.
Em 1942 foi construída a estrada de ferro que passa pelo Vila União até hoje, ligando a Parangaba ao Mucuripe.
O progresso do bairro veio de forma lenta, a energia só chegou em 1957 e a água usada era de cacimba. Também havia a lagoa que abastecia o bairro que na época não era poluída e era chamada de Lagoa do Paia, só depois passou a ser chamada de Lagoa do Opaia.
Segundo moradores, antes, no local que hoje é a lagoa havia muito barro preto e as pessoas tiravam o barro para fazer tijolos e telhas artesanais. O Sr. Opaia tirava em muitas quantidades, e assim foi formando cacimbas e poços até compor-se a Lagoa, que recebeu o seu nome, pois este teve grande participação na formação da lagoa.
O transporte não existia e quem fosse ao centro da cidade, tinha que ir até o Benfica ou Aerolândia. Por um tempo algumas camionetas de particulares faziam a linha. Depois o tenente César, que fazia a linha do Montese, colocou ônibus para servir o bairro. Mas segundo o morador Jair, os “ônibus eram muito velhos e quase sempre davam prego, um sacrifício!”. Só algum tempo depois veio a empresa Nossa Senhora de Fátima, que tinha qualidade e capacidade de atender o bairro.
Ainda sem uma escola pública, uma comissão formada por famílias do bairro, da qual fazia parte um candidato da prefeitura de Fortaleza, o general Cordeiro Neto, pressionou autoridades para a implantação de uma escola no Vila União. Com a vitória do general, a escola foi inaugurada em 1964 com o nome de General Cordeiro Neto.
Quanto à construção do Aeroporto Pinto Martins, moradores se dividem sobre as vantagens que trouxe para o bairro, uns disseram que trouxe prestígio e que muitos pequenos comerciantes se estabeleceram ao redor do aeroporto, e que quando foi construído o Aeroporto Internacional Pinto Martins do outro lado, muita gente ficou desempregada. Outros moradores acreditam que o aeroporto trouxe desenvolvimento, mas também muito barulho e confusão no bairro, pois houve muitos conflitos entre a Infraero e a comunidade, devido à luta pela permanência das casas e até mesmo a possibilidade de soterrar a lagoa, em detrimento da construção do aeroporto, mas esse acontecimento vai ser mais detalhado na explanação da Associação dos Moradores, que teve um papel fundamental na mobilização da comunidade.
A pracinha do bairro foi inaugurada em 08 de dezembro de 1968, dia da Consagração de Nossa Senhora da Conceição. O primeiro time de futebol do bairro tinha o nome de ABC e jogava no campo onde hoje a pracinha se localiza. É nesta pracinha que hoje está a igreja do bairro: Jesus, Maria, José.
Zé do Buzo, apelido que José Maria da Silva ganhou na infância, chegou no Vila União aos dez anos de idade. Passaram-se mais de sessenta anos e ele continuava morando no mesmo local, onde criou os seis filhos. Por ser morador muito antigo, ele tinha conhecimento de todas as ruas e travessas do Vila União e tornou-se o “informador de ruas” oficial do bairro. Houve mudanças no nome das ruas do bairro, que antes eram nome de santos e depois com a pavimentação do bairro, muitas pessoas se perdiam, então Zé do Buzo decorou tudo para ajudar as pessoas. Seu Zé do Buzo faleceu em 2007, mas seu filho continuou o comércio que serve caldos famosos à comunidade e tem na fachada o letreiro: Zé do Buzo – Informador de ruas.
A Feira do Troca-Troca, mais conhecida como “Feira dos cacarecos”, acontece no local desde 1971 e passou a ser referência no Vila União. Vende-se tudo, de animais a bicicletas, aparelhos domésticos, sapatos e roupas. Dizia Zé do Buzo: “Só tem coisa velha”.
Durante muito tempo, vários moradores do bairro viviam em situação de risco ao redor da lagoa, mas recentemente, em 2004, foi construído um conjunto habitacional, chamado Planalto Universo, onde moram 648 famílias, provenientes tanto do Vila União quanto de bairros vizinhos. Foi realizado um trabalho de Ação Social pela PEC-POLAR, no qual trouxe melhorias na convivência comunitária. O Planalto Universo possui associação comunitária própria, creche e atividades como: ginástica com idosos feito pelos bombeiros, entrega de “sopão” toda semana, iniciativa de uma representante comunitária em parceria com a CAGECE e trabalho com reciclagem, que é uma parceria com a COELCE.


TALENTOS ARTÍSTICOS

Alguns moradores são conhecidos fora do bairro, por feitos próprios:

 Zé do Buzo “Informador de Ruas”;

 João Birro “Contador de Mentiras”;

 Jair Moraes pelo jeito “Folclórico Cantador”;

 Beto Gaudêncio -artista plástico;

 O Grupo de Quadrilha Zé Testinha, que é referência no Nordeste Brasileiro.



PERFIL DA COMUNIDADE


De acordo com o Censo de 2000 do IBGE, o número total de habitantes do bairro Vila União é de 14.744 pessoas, das quais 6.676 são homens (45,28%) e 8.068 são mulheres (54,72%).
O bairro está situado entre o Aeroporto, a Base Aérea, Montese e Estação Rodoviária, tendo, portanto, a abrangência da Secretaria Executiva Regional IV.
Possui três meios de transporte: o aéreo, referenciado pelo Aeroporto Pinto Martins; ferroviário, presença de um trecho da estrada de ferro que liga Parangaba ao Mucuripe e rodoviário, que apresenta trânsito dos ônibus: Vila União e Lagoa do Opaia.
Identificamos uma predominância religiosa na comunidade e, também nos espaços públicos. Observamos que essa religiosidade é principalmente Católica.



LIDERANÇAS


No que diz respeito às lideranças no bairro, foi unânime a presença do Sr. Raimundo Nonato, que hoje é Secretário da Associação dos Moradores do Vila União. Foi o principal articulador comunitário no período dos conflitos com a Infraero e a comunidade, no entanto, percebemos que devido ao seu estado de saúde seu papel de líder está comprometido e, assim, impossibilitado de fazer mais pelo bairro.
Irismar é a atual presidente da Associação Comunitária e segundo o Sr. Raimundo estão lutando pelas escrituras das casas.
No Planalto Universo tem a presença do Geraldinho, como presidente da Associação Comunitária do referido Conjunto Habitacional, contudo, ele afirmou está passando por muitos desafios, devido à própria ausência de participação da comunidade e pelo descaso municipal com o Salão Comunitário, pois está inativo. Segundo ele, já tomou várias iniciativas de protesto, no entanto, nada é resolvido.



PROBLEMATIZAÇÃO

Algumas são as dificuldades enfrentadas pela comunidade.
A falta de saneamento básico, abastecimento de água e energia na periferia do bairro, mostrando, em parte, um descaso da Cagece, que tem sua sede no bairro e em frente ao prédio corre um esgoto a céu aberto; poluição sonora, proveniente do Aeroporto, que fica praticamente vizinho às casas; do barulho do trem, que passa entre as casas, como também de sons vindo de bares e carros, principalmente nas proximidades da praça, segundo moradores, chega a causar certo desconforto para eles além de prejudicar a celebração das missas que acontecem nesse local.
É observado um forte índice de poluição ambiental, tanto no que concerne a Lagoa do Opaia, pois há concentração de lixo ao redor e na própria lagoa, como também nas ruas.
No bairro há uma certa aglutinação entre ambientes urbanos e rurais, características própria de periferias, justificada, pelo arquiteto contratado da prefeitura como sendo consequência da vinda de pessoas do interior para o bairro. A saúde da população, dessa forma, fica em risco, uma vez que há ausência infra-estrutura básica.
Dentro do próprio bairro existe uma separação, porque a comunidade não reconhece o Vila União como um todo, mas sim fragmentado, constituído de três unidades de realidades heterogêneas: o Planalto Universo, um lado da Lagoa do Opaia (conhecido por Vila União) e o outro lado da lagoa. Esse poderia ser um dos motivos que tem dificultado a articulação comunitária do bairro.
A ausência de ordenamento urbano, na periferia do bairro, mostratotal descaso, comparado ao bairro como um todo.
É ressaltamos a falta de articulação comunitária e o pouco intercâmbio entre os equipamentos sociais existentes na comunidade, pois muitos moradores desconhecem e/ou não se apropriam de espaços importantes na comunidade, como também os próprios equipamentos sociais não sabem da existência um do outro e assim pouco se articulam no sentido de estabelecer parcerias para o desenvolvimento de ações conjuntas.


EQUIPAMENTOS SOCIAIS



Dentre os vários Equipamentos Sociais existentes no bairro, temos exemplos de alguns deles. Apreendemos o trabalho realizado nesses espaços, bem como identificamos os limites e as potencialidades de cada um.

São eles:

 Centro de Referência de Assistência Social (CRAS);
 Casa Brasil;
 Associação dos Moradores;
 Lar da Criança;
 Centro de Atenção Psicossocial Infantil (CAPSi);
 Centro de Saúde da Família Turbay Barreira.



CRAS

O Centro de Referência de Assistência Social –CRAS está situado na pracinha da Igreja, próximo a Associação dos Moradores. O prédio que hoje funciona o CRAS era anteriormente uma creche, mas foi reformado e hoje são realizadas atividades da Assistência Social.
Várias atividades são realizadas na referida instituição, como a Inclusão Produtiva, que é a inserção de mulheres incluídas no Programa Bolsa Família, em atividades que produzam e revendam. Está subdividido em três módulos: capacitação, auto-gestão e produção. Concomitantemente com os módulos são desenvolvidas rodas de diálogo com temas como sexualidade, gênero, família e políticas de direitos.
Possui também alguns grupos:Grupo de Gestanterealizadouma vez por mês e é uma parceria com o Centro de Saúde;Grupo de Crianças no qual são realizadas oficinas recreativas de Arte e Educação como pinturas e reciclagem e oficinas didáticas no qual é trabalhado o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que acontece uma vez por semana com crianças entre 7 a 11 anos. No Pró-Jovem adolescente são realizadas rodas de diálogos e oficinas culturais, no qual se busca a horizontalidade com os jovens, objetivando afastá-los da ociosidade, no qual acontece de segunda a quinta-feira no período da tarde.
OGrupo de Idosos, que acontece duas vezes por semana, no qual são desenvolvidas rodas de diálogos e oficinas didáticas propondo trabalhar o Estatuto do Idoso, buscando sua emancipação, uma vez que, possui um movimento próprio e necessita de atenção particular.
Como LIMITESna instituição, apontamos as dificuldades no acesso a materiais necessários para as oficinas, refletindo, portanto a insuficiência de financiamento.Apresenta também uma pouca participação da população mais vulnerável, que segundo Cynthia – psicóloga do CRAS, é devido ao difícil acesso.
ComoPOTENCIALIDADESidentificamos o envolvimento e compromisso dos profissionais em trabalhar com a comunidade. Constatadasem algumas frases ditas no CRAS:
“(...) a gente não conduz, nem manda, mas seguimos o movimento da comunidade (...) ela decide.”;
“(...) a gente improvisa mesmo.”;
“O CRAS deve ser o reflexo da comunidade.”;
“(...) Não vejo a comunidade como um problema, ou doença, mas sim como algo forte”.




CASA BRASIL


É um projeto do governo Federal com unidades funcionando em áreas de baixo índice de desenvolvimento humano. O projeto Casa Brasil leva às comunidades computadores e conectividades, e privilegia, sobretudo, ações em tecnologias livres aliadas a cultura, arte, entretenimento, articulação comunitária e participação popular.
Possui um Conselho Gestor, a fim de garantir a participação popular e comunitária, formado em sua maioria por membros da comunidade. Sendo um espaço público e comunitário, de uso gratuito e de acesso irrestrito, o projeto estimula a apropriação da unidade pela comunidade, transformando-a em espelho cultural do local em que foi implementada, fomentando a gestão participativa e ampliação da cidadania, e fortalecendo a ação da sociedade civil.
Os espaçospresentes no Casa Brasil são:Telecentro com 20 computadores conectados à Internet, abrigando atividades livres e oficinas técnicas, mostrando como a tecnologia pode ajudar a resolver questões cotidianas da comunidade; Sala de Leitura que tem por objetivo fomentar leitura, produção e compartilhamento de textos e oferecer atividades culturais, como encontros literários, oficinas de criatividade, saraus, rodas de leitura, orientação e pesquisas e empréstimos domiciliar de livros. Auditório destinado a encontros, reuniões e divulgação do que é produzida na unidade Casa Brasil e na comunidade, oferecendo espaço para apresentações musicais, peças e dramatizações, além de servir a reuniões da comunidade, palestras, exibição e discussão de filmes, entre outras atividades. Laboratórios de divulgação da ciência que tem por objetivo popularizar e divulgar a ciência, por meio de apropriação científica e tecnológica e de produções culturais e artísticas, estimulando interesses e curiosidades. Suas atividades abrangem mostras, experimentos científicos e manifestações artísticas. Laboratório de informática em que trabalham com montagem e manutenção de equipamentos de informática, possibilitando a exploração de microcomputadores e de seus componentes para desenvolver atividades que tratem de recondicionamento e reciclagem das máquinas, incluindo novos significados e usos para tecnologias. Estúdio Multimídia destinado à criação, gravação e tratamento de conteúdos audiovisuais, produção e compartilhamento de conteúdos para Internet e programação com ferramentas e linguagens livres. É equipado com computadores, câmaras fotográficas e de vídeos digitais, gravador digital portátil, mesa de som, reprodutor de VHS e SVHS e microfones. Oficina de Rádio proporciona o estímulo à produção de conteúdos para rádio livre, web rádio e outros tipos de transmissão pública de conteúdos em linguagem radiofônica, com programação montada livremente pelos programadores. Oferece oficinas de produção de conteúdo de áudio, comunicação comunitária, web rádio e podcasting. Incentiva a produção de mídias abertas de interesse público, com cunho comunitário, educativo, informativo, cultural e artístico.
Dentre as várias atividades desenvolvidas no Casa Brasil como já foi explicitado através da apresentação dos espaços, vale ressaltar o trabalho desenvolvido de metareciclagem, ou seja, o reaproveitamento dos equipamentos do computador; a montagem e manutenção de computadores, bem como as oficinas de multimídia com fotografias e edição de imagens, o cine-clube, onde são mostrados filmes culturais à comunidade, possui também o Projeto crescer com arte uma parceria com a FUNCI e a realização de cursos como manipulação com retalho, cabeleireiro e depilação.
Identificamos como LIMITES a não permanência dos participantes, devido às questões de sustentabilidade dos participantes, refletindo assim a ausência de políticas públicas e a escassa articulação de redes e serviços públicos. Ressaltamos ainda, a falta de divulgação, comunicação e articulação com os outros espaços da comunidade.
As POTENCIALIDADES do Casa Brasil está em proporcionar oportunidades à comunidade de crescer em arte e cultura; consciência ambiental e virtual; o conselho gestor que possibilita a apropriação da comunidade nesse espaço, fomentando a gestão participativa e ampliação da cidadania. E além de objetivarem deixar multiplicadores da própria comunidade para manter a Casa Brasil.









ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES

A articulação inicial foi feita por uma Assistente Social chamada Rejane, no qual fazia reuniões com um grupo de mães, a fim de trabalharem coletivamente no intuito de gerar renda e financiar a construção do espaço, que viria a ser a Associação dos Moradores.
Em 1981, foi realizada a primeira reunião oficial da Associação dos Moradores, registrada em ata, que tinha como Presidente Maria das Chagas Gadelha, Vice-Presidente Sr. Raimundo e Secretária Irismar. As primeiras lutas da Associação foram pelo abastecimento d´água, energia e saneamento básico.
A Associação dos Moradores foi fortalecida pelo conflito entre a População e a INFRAERO, no qual exige um posicionamento e luta dos moradores contrário ao projeto elaborado pela INFRAERO, queobjetivava a retirada das casas e soterramento da lagoa, em prol da ampliação do aeroporto. No entanto, devido à mobilização e organização da população junto às lideranças e associação dos moradores houve o impedimento da ampliação do mesmo.
Após isso, a Associação teve grande protagonismo na luta pela urbanização ao redor da lagoa, no qual em 2004 foi consolidada, transferindo cerca de 640 famílias, que moravam ao redor da lagoa, em condições precárias e de insalubridade, para um conjunto habitacional chamado Planalto Universo.
Atualmente as atividades realizadas na Associação do Moradores são o Grupo de Mulheres Empreendedoras, que constitui-se como uma parceria entre o Banco do Nordeste para que produzam e revendam. Iniciou com 50 mulheres, depois com 15 e agora estão com apenas três mulheres. Como também acontecem as reuniões dos Alcoólicos Anônimos e a realização de orações com os idosos.



Identificamos como LIMITES presentes no referido espaço, a fragmentação e individualização dos interesses, uma vez que não há uma luta coletiva para melhoria da coletividade, como também as próprias atividades não são inerentes ao perfil das que deveriam ser realizadas em uma Associação Comunitária.
Como POTENCIALIDADESapontamos a própria história de luta da comunidade e o papel que a Associação desempenhou em todo o processo, de mobilização e organização comunitária.



LAR DA CRIANÇA DOMINGOS SÁVIO

O Lar da Criança é uma instituição não governamental e sem fins lucrativos. Foi iniciado por uma freira salesiana, natural da Itália, irmã PetronillaIsonni, que chegou ao Brasil em 1946, para ajudar na catequização de crianças e jovens carentes.
Percebeu um grande problema que afligia as crianças: a desnutrição. Iniciou, então, um trabalho de distribuição de alimentos como sopão e mingau em favelas junto com uma equipe de voluntários, moradores do local. A aproximação com as crianças carentes, fez com que notasse que elas passavam o dia na rua, sujeitas à criminalidade e que o índice de reprovação escolar era altíssimo, já que os pais desses jovens tinham pouca ou nenhuma escolaridade, e, portanto, não podiam acompanhar ou auxiliar o desempenho de seus filhos na escola.
Surgiu, portanto, a idéia de criar um espaço onde as crianças pudessem ser acompanhadas e realizar atividades extras para afastá-las da rua. Com a ajuda de bingos, leilões e doações, a irmã e um grupo de voluntários conseguiram juntar o dinheiro necessário e compraram o terreno para a fundação do Lar da Criança Domingos Sávio, que foi fundado no dia 09/03/1988.
A irmã Petronilla faleceu em fevereiro de 2007, mas as pessoas que conviveram com ela tentam, mesmo com muitas dificuldades, perpetuar seu legado.
Atualmente, há 250 crianças matriculadas, que permanecem no Lar no turno em que não estão na escola. As atividades realizadas são: Reforço escolar: para a educação infantil (1º ano ao 5º ano), que é lecionado por professoras contratadas e que inclusive possui carteira assinada.
Há a distribuição de lanche e almoço, sempre estimulando uma alimentação saudável. O Lar recebe doações de frutas de fábricas de alimentos.
Além do reforço escolar, há o coral, ministrado por um músico pago, através da parceria com a Cagece.
Muitos voluntários ministram aulas de violão, teclado, teatro, ballet, tai chi chuan, sendo a maioria destes ex-alunos do Lar que voltam à instituição e dão suas contribuições.
Possuem também o projeto de uma sala de informática, porém estão esperando parcerias, como as que já fizeram com a prefeitura, por exemplo, para montar um consultório dentário, para dar assistência bucal às crianças, cujo odontólogo é proveniente da USF Turbay Barreira.
A diretora afirmou que contam basicamente com a ajuda de voluntários e não possuem assistentes sociais, nutricionistas, psicólogos e pedagogos para darem assistência a essas crianças. Ela relata um grande problema de desestruturação familiar, pois muitas mães colocam seus filhos no Lar porque querem “se livrar” deles.
Observamos comoLIMITES na referida instituição o fortalecimento que esta traz a concepção defilantropiaaos direitos sociais e da responsabilização que esta incube a sociedade civil, sendo a Assistência e as Políticas Públicas um direito e dever do Estado. E que, portanto, esta ausência do poder público trazinstabilização nos recursos como também insuficiência e limitação na cobertura de atendimento.
Como POTENCIALIDADESdefinimos a importância da instituição em proporcionar a criação de vínculos entre os moradores, como também do papel multiplicador que o Lar da Criança estimula junto aos beneficiados.








CAPSi


O Centro de Atenção Psicossocial Infantil – CAPSi é um centroque assiste crianças e adolescentes que sofrem de transtornos mentais graves, com idades entre 4 e 18 anos.
É formado por uma equipe multidisciplinar composta por psiquiatras, psicólogos, educadores físicos, músicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais.
São realizados também atividades de CAPS AD (Álcool e Drogas) em conjunto com o Conselho Tutelar. Fortaleza, apesar de ser uma das capitais mais populosas do Brasil, possui apenas duas unidades de CAPSi, uma delas localizada no Bairro Vila União (Regional IV), que atende uma alta demanda, composta pelas Regionais II, IV e VI.
O CAPSi atende por demanda espontânea e encaminhamentos de outras unidades.
O Tratamento pode ser classificado em:

 Período Intensivo– são para os pacientes de casos mais graves, no qual passam o dia inteiro no CAPSi;
 Semi-Intensivo - os pacientes retornam ao CAPSivárias vezes por semana;
 Não-Intensivo – os pacientes retornam ao CAPSi apenas uma vez por semana.


Identificamos como LIMITESa sobrecarga dos profissionais, devido à alta demanda de pacientes, uma vez que o Centro cobre a população de três Regionais (II, IV, VI) e a estrutura física inadequada para atendê-los, visto a complexidade exigida no tratamento dos pacientes.
Como POTENCIALIDADESapontamos o caráter multiprofissional do atendimento e acompanhamento dos pacientes, como também as diversas atividades realizadas com o intuito de promover a Saúde Mental destes.



C.S.F TURBAY BARREIRA

O Centro de Saúde Maria José Turbay Barreira localizado na Rua Gonçalo Sousa, 420 no Bairro Vila União, inicialmente funcionava uma Escola e uma Lavanderia, porém devido à exigência posta pela realidade do bairro, foi-se necessário à criação de uma Unidade de Saúde que atendesse as demandas primárias em saúde, visto que não havia atendimento básico em saúde.
Assim a Escola foi substituída pelo Centro de Saúde. Uma substituição feita de forma rápida, paliativa, imediata e sem qualquer estruturação para tal, no qual refletiu na precariedade das condições de trabalho e no tratamento dos usuários.
Após alguns anos o funcionamento da Unidade foi se aperfeiçoando e conquistando melhorias, porém a Lavanderia Comunitária ainda, permanece no referido local. O nome Turbay Barreira é uma homenagem a esposa de um dos primeiros médicos do Posto de Saúde.
O C. S. F Turbay Barreira possui duas equipes de Saúde da Família composta por três médicos (sendo duas residentes e um generalista); duas enfermeiras; cinco auxiliares de enfermagem; cinco agentes comunitários de saúde; um odontólogo e uma Auxiliar de Consultório Dentário (ACD), que presta serviços para as duas equipes.
A ESF desta Unidade faz uma cobertura de aproximadamente 2000 famílias, que estão subdivididas em sete microáreas, sendo importante ressaltar que a área que o Turbay Barreira abrange é classificada como uma área de Risco II.
O Centro de Saúde apresenta ainda outros profissionais: três vigilantes; três auxiliares deserviços gerais; cinco recepcionistas; uma assistente social, um DNI, médicos plantonistas e um preceptor de território da Secretaria Municipal de Saúde.





No que discerne a estrutura física, o posto apresenta três salas de espera, “duas salas de situação” (alguns dados epidemiológicos encontram-se afixados numa das salas de espera e numa das salas de atendimento), uma mesma sala para a esterilização e curativo, outra sala para a terapia de hidratação oral e tratamento com aerosol. Como também farmácia, administração, coordenação, almoxarifado, três banheiros, uma copa, cinco consultórios e um espaço para as rodas,o chamado Salão Zé do Buzo.
As atividades desenvolvidas pela referida Unidade de Saúde da Família são: puericultura; vacinação; atendimentos de demanda espontânea (Acolhimento, Nebulização, Consultas, Exames, Curativos); atendimentos na área de ginecologia-obstetrícia; visitas domiciliares e distribuição de medicamentos exclusivamente com receitas médicas pela Farmácia;
As atividades que visam à promoção de saúde desenvolvidas na USF são: dois Grupos de gestantes (sendo um em parceria com o CRAS e outro com o Casa Brasil), grupo de obesidade infantil; terapia comunitária; biodança com idosos; grupo de regaste da auto-estima com funcionários e usuários; aulas de ballet; incentivo a leitura através da biblioteca e à preservação do meio ambiente através da reciclagem.
Os LIMITESidentificados na referida instituição são a terceirização dos profissionais, no qual traz uma flexibilização do trabalho destes; a sobrecarga dos profissionais veste a alta demanda posta as equipes de saúde da família e ausência do profissional de nutrição, uma vez que são realizadas atividades inerentes a este profissional.
Como POTENCIALIDADESapontamos a integração entre os profissionais e a comunidade; as diversas atividades realizadas que visam a promoção à saúde, considerando o processo saúde/doença; e recentemente a criação do Conselho Local de Saúde, sendo importante ressaltar que foi resultado de nossa analise a partir da territorialização em conjunto com a Avaliação de Melhoria de Qualidade (AMQ).



Prestação de serviços

O bairro conta com diversos serviços. Aqui expomos alguns deles identificados e contabilizados.

 Igrejas (03)
Capela Santa Lusia
Igreja JesusMaria José
Associação brasileira Igreja Jesus Cristo Santos dos Ultimos

 Creches Escola (02)
Colégio Art e Manhã
Lar da criança Domingos Sávio

 Clínica veterinária (01)
Clínica veterinária Pró Saúde animal

 Farmácias (06)
Pague Menos
Farmacastro
Famácia local
Jl Comercial
Farmatus
Drogaria Capistrano

 Cartório (01)
Péricles Junior 9º Tabelionato de Notas

 Hospital (01)
Hospital Albert Sabin Geral

 Clínicas médicas (03)
Mater Vitae
Rubens Alboquerque
São Matheus






REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


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